À frente da Secretaria de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, tem feito um trabalho técnico, o que mostra que nem sempre é preciso colocar políticos para fazer trampolim das pastas que ocupam para se lançarem a cargos públicos. Na última segunda, a prefeitura lançou duas campanhas com o enfoque na educação de quem (tenta) coexistir na selva do trânsito.
Após um amplo levantamento estatístico de acidentes de trânsito - que englobou mortos, feridos e infrações -, a administração quer pela educação e conscientização um convívio civilizado no trânsito. Meritória a iniciativa. Mas não se pode ficar com políticas e ações apenas para inglês ver, como diz o ditado.
A gestão do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) tem em mãos um poderoso instrumento que pode ajudar a salvar vidas: o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp).
Assembleia derruba necessidade de plebiscito para privatizar Corsan, Banrisul e Procergs
O maior investimento da segurança pública, feito por um governo municipal, deve servir também para coibir os excessos de quem pisa fundo no acelerador pelas ruas e avenidas, que viraram um tapete após receber o asfalto do Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa). O governo tem, a favor de si, um aparato com mais de 800 câmeras espalhadas por 150 pontos da cidade. É necessário multar aqueles que ainda pensam que, dentro de um veículo, tudo podem.
Em 2020, conforme matéria do colega Felipe Backes, 20 pessoas perderam a vida em trechos urbano (dentro da cidade e em rodovias daqui). É um ganho duplo ao governo: o de preservar vidas, o que não tem preço, e, inclusive, de reverter em receita aqueles que pensam que são donos das ruas. Agora, mais uma vez, como a coluna já pontuou, caberá ao prefeito Pozzobom decidir se quer ser gestor ou político que pensa somente no próximo pleito.
